sábado, 31 de maio de 2014

SÍMBOLOS - ESQUEMATIZAR UM CIRCUITO ELÉTRICO


Aqui têm uma tabela para vos ajudar a esquematizar circuitos elétricos, cada dispositivo de que falámos anteriormente com o seu respetivo símbolo. Alguns aparelhos aqui representados ainda não vos falei, mas mais umas mensagens e saberão o que são.


A imagem a baixo é uma representação de um circuito elétrico com os símbolos acima representados.

Fig. 1
Fig. 2













Agora um exercício muito simples.

Responde às seguintes perguntas:

1- Qual dos circuitos está aberto? E fechado?
2- Quantas lâmpadas tem a figura 2?
3- Faz a descrição do sentido convencional da figura 1.

Se tiverem alguma dúvida ou se quiserem saber o resultado correto comentem-nos para eu vos puder responder.

SENTIDO DA CORRENTE ELÉTRICA

Todos os dispositivos elétricos têm dois terminais.
Nas pilhas, os terminais chama-se polos, sendo que o polo positivo assinalado por + e o polo negativo por -.

Os recetores também têm terminais. O terminal positivo liga-se ao polo positivo da pilha e o terminal negativo liga-se ao polo negativo da pilha. Mas em alguns recetores, como por exemplo a lâmpada, esses terminais são indiferentes.

Nesta imagem estão representados os respetivos polos positivo e negativo.

Sentido Convencional

→ Os físicos convencionaram que o sentido a corrente elétrica nos circuitos elétricos é feito do polo positivo para o polo negativo, atribuindo o nome de sentido convencional da corrente elétrica.

Sentido Real

→ No entanto, o fluxo de eletrões ocorre sempre do polo negativo para o polo positivo, atribuindo o nome de sentido real da corrente elétrica.



O QUE É UM CIRCUITO ELÉTRICO?

Um circuito elétrico fechado é um caminho para a corrente elétrica.
Para que isto possa acontecer, o circuito elétrico deve ter:
  • uma fonte de energia, que fornece energia elétrica ao circuito;
  • um ou mais recetores, que transformam a energia elétrica noutra ou noutros tipos de energia;
  •  e de materiais condutores, que ligam a fonte de energia com o recetor.

A bateria é um exemplo de fonte de energia.

O motor elétrico é um exemplo de recetor.

O cobre é um exemplo de material condutor.

Os circuitos elétricos que usamos na sala de aula têm como:
  • Fonte de Energia = uma pilha seca;
  • Recetor de Energia = uma lâmpada;
  • Materiais Condutores = cabos de ligação e podemos adaptá-los com crocodilos.
Lâmpada
Pilha Seca
Cabos de Ligação
Crocodilos



Interruptor Fechado



E ainda utilizamos interruptores.

Quando o interruptor está aberto, o circuito está interrompido: a corrente elétrica está desligada.
Quando o interruptor está fechado, o circuito não está interrompido: a corrente elétrica está ligada.
Na imagem ao lado o interruptor está fechado, por isso, se estivesse num circuito elétrico, a corrente elétrica estaria ligada.





O circuito elétrico fechado não funcionará com seu devido objetivo se todos estes componentes não estiverem corretamente ligados uns aos outros, ou seja, se a fonte de energia não estiver convenientemente ligada ao recetor. Caso não haja esta ligação é um circuito elétrico aberto.

CORRENTE ELÉTRICA

A corrente elétrica é um movimento orientado por partículas com carga elétrica.
Relembremos a matéria anterior das ligações e das substâncias metálicas e iónicas.

Nos metais é um movimento orientado por eletrões livres, enquanto nas soluções iónicas é um movimento orientado por catiões (iões positivos) num sentido, e no outro, de aniões (iões negativos).

E ainda há dois tipos de materiais distintos:
  • bons condutores da corrente elétrica;
A água é um exemplo de boa condutora da corrente elétrica.

  • maus condutores da corrente elétrica.
A madeira é um exemplo de má condutora da corrente elétrica.

UTILIZAÇÃO DA ELETRICIDADE

Atualmente, usamos a eletricidade em maior parte das coisas que fazemos no nosso dia-a-dia e muitas vezes esquecemos-nos dos cuidados a ter quando a utilizamos e por vezes "quebramos" regras que não devíamos.
A imagem a baixo retrata esse "quebramento" de conjunto de regras:

Temos seis situações, onde as pessoas desta figura, põem em risco a sua saúde:

  1. Na casa de banho temos um menino a secar o cabelo dentro da banheira. Nunca devem fazer isto em circunstância alguma usar aparelhos elétricos ligados ao pé de água e antes de usarem qualquer tipo de aparelho elétricos certifiquem-se que não está molhado e que têm as mãos secas;
  2. Na cozinha temos um senhor a deitar água para dentro de uma chaleira elétrica que está ligada à corrente. Esta situação é parecida com a anterior. Nunca deites água em ferros de engomas, em chaleiras ou cafeteiras elétricas quando ligados à corrente;
  3. Na sala temos um bebé a pôr os dedos numa tomada elétrica. Não se devem por os dedos ou objetos metálicos nas tomadas elétricas, senão ainda apanham um choque elétrico;
  4. Ainda na sala temos uma menina a trocar a lâmpada com o candeeiro ligado. Não se deve substituir uma lâmpada ou reparar qualquer aparelho elétrico ligado à corrente;
  5. A terceira situação da sala, é uma tomada com muitos aparelhos ligados a si: um candeeiro, um rádio, uma guitarra elétrica e um gira discos. Nunca se deve ligar muitos aparelhos elétricos a uma só tomada elétrica;
  6. Quarta e última situação na sala, temos uma senhora a engomar roupa com um ferro de engomar ligado à corrente, mas o seu cabo de ligação está em mau estado. Nunca se deve utilizar aparelhos elétricos com o cabo de ligação em mau estado.
Ainda há outras regras que não foram referidas na imagem, como:
  • Não se deve desligar as fichas das tomadas puxando os cabos de ligação, mas sim puxando a própria ficha;
  • Deve-se ler cuidadosamente as instruções qualquer aparelho elétrico antes de ser usado.
Enquanto estudava os circuitos elétricos também tinha de ter cuidado, pois usei alguns aparelhos elétricos em circuitos que eu mesma construí, embora os riscos de utilização fossem menores do que utilizar aparelhos elétricos em casa, tinha de ter em atenção alguns cuidados:
  • Cabos de ligação em bom estado de conservação;
  • Qualquer instalação deve ser feita de acordo com um esquema;
  • Só se deve ligar o circuito à corrente elétrica depois de se certificar que tudo está corretamente instalado.
É tão fácil usar eletricidade que nem pensamos nos consumos desnecessários. É cada vez mais importante poupar, pois, por um lado poupa-se dinheiro, e por outro lado, poupa-se recursos energéticos, muitos quais se prevêm que se esgotem dentro de alguns anos. Para poupar energia há que ter em atenção os seguintes procedimentos:
  • Apagar as luzes quando se abandona a divisão;
  • Aproveitar ao máximo a luz do dia;
  • Utilizar lâmpadas fluorescentes ou de poupança de energia em vez de lâmpadas de incandescência;
  • Desligar os aparelhos elétricos que não estão a ser utilizados ou não são necessários, como o aquecedor elétrico, e os que não se está atento às emissões, como a televisão ou o rádio;
  • Recorrer a aparelhos de classe A que são mais eficientes: o seu funcionamento envolve menos perdas de energia, pelo que o seu consumo de energia elétrica é menor.

Grande parte da eletricidade que utilizamos é ainda é ainda produzida a partir de fontes de energia não renováveis como o carvão e o petróleo.
Os cientistas prevêem que o petróleo, usado no ritmo atual, se esgote em 40 anos e o carvão em 166 anos.

domingo, 18 de maio de 2014

FORÇAS


Olá outra vez! Achavam que se iam livrar de mim assim tão facilmente? Nem pensar ainda tenho muito que postar... por isso preparem-se. Nesta mensagem vou abordar o tema das Forças. Mas hoje não vou ser eu a apresentar-vos este tema, mas sim o físico Isaac Newton!

Newton: Olá, como vocês já sabem eu sou o físico Isaac Newton e não só fiz várias descobertas e estudos sobre as Forças como também na área da matemática. Algumas das descobertas que fiz inovaram e deram um grande avanço à ciência, que atualmente ainda são muito utilizadas para estudos importantes.

Alguma vez viste uma Força? Não, porque as Forças não se veem. Apenas se consegue identificar a existência de uma Força, quando esta está a atuar num corpo através dos seus efeitos de alteração do estado de repouso ou de movimento do corpo e da deformação do corpo, tal como estudaste anteriormente.
As Forças são grandezas vetoriais, por isso são caracterizadas por:
    • Intensidade ou valor;
    • Ponto de aplicação;
    • Direção;
    • Sentido. 
  • (se quiseres saber mais sobre estas variedades de caraterização clica aqui)
               
Na imagem ao lado está representado um vetor. Neste caso, o vetor tem de sentido para a direita, de direção horizontal com intensidade 5N. Newton ou N é como se representada a intensidade ou valor do vetor, segundo o SI (Sistema Internacional de Unidade), tal como também se utiliza para calcular o peso dos corpos. 

1. Força Resultante

Chama-se força resultante à soma vetorial do conjunto das forças aplicadas no mesmo corpo.

Duas forças com a mesma direção:
  • mesmo sentido ➝ soma-se a intensidade das forças para obter a intensidade da força resultante (Fr)


Fr = F1 + F2
Fr = 80 + 100 ⇔ Fr = 180N

  • sentidos opostos ➝ subtrai-se a intensidade das 2 forças.

Fr = F4 - F3
Fr = 100 - 80 ⇔ Fr = 20N
 
Duas forças com diferentes direções:
  • duas forças com um ângulo igual a 90º ➝ utiliza-se o Teorema de Pitágoras;

F5 ➝ 80N
F6 ➝ 100N

Fr² = F5² + F6²
Fr² = 100² + 80² ⇔ Fr² = 10000 + 6400 ⇔ Fr = √10000 + √6400 ⇔ Fr = 100 + 80 ⇔ Fr = 180N


  • duas forças com um ângulo diferente de 90º ➝ não é possível utilizar o Teorema de Pitágoras. 


    1. utilizar a regra do paralelogramo (traçar as retas paralelas aos vetores).
    2. traçar o vetor Fr.
    3. medir o vetor e utilizar a escala para saber a intensidade de Fr.
E agora um pequeno exercício.
Calcula a força resultante dos vetores representados na seguinte figura:


Se quiserem saber a resposta correta, basta comentarem para eu a poder confirmar. Obrigada.

2.  Força de Reação Normal

N tem mesma direção e intensidade que P, mas sentido oposto.
Logo Fr é nula ➝ o corpo encontra-se em repouso.

N ➝ força de reação normal
Força aplicada no corpo perpendicular à superfície da mesa.

Ex.: Um livro apoiado numa mesa.


Se o plano for inclinado, o corpo não fica em repouso, pois mesmo que a força normal tenha a mesma intensidade, a direção e o sentido não são os mesmos.




3. Forças de Atrito

As forças de atrito são forças de contacto que se opõem sempre ao movimento de um corpo.
Dependem das superfícies de contacto e da massa do corpo. Normalmente, a força de atrito tem a mesma direção, mas também tem sentido e intensidade diferentes do vetor de movimento do corpo em que foi aplicada.


4. 1ª Lei de Newton - Lei da Inércia

CONCEITO DA 1ª LEI DE NEWTON: Qualquer corpo permanece no estado de repouso ou em movimento rectilíneo uniforme se o conjunto de forças que nele actuam tem resultante nula.

 Até o Garfield conhece esta lei:

 

A Lei da Inércia também é aplicada quando um autocarro para de repente, e somos lançados para a frente (Fig. 1), portanto o autocarro para de estar em movimento, como também é aplicada quando o autocarro arranca e retoma o andamento, e somos lançados para o assento (Fig. 2), portanto o autocarro para de estar em repouso.
Fig. 1
Fig. 2








 



5. 2ª Lei de Newton - Lei Fundamental do Movimento

 CONCEITO DA 2ª LEI DE NEWTON: A força resultante do conjunto das forças que atuam num corpo produz nele uma aceleração com a mesma direção e o mesmo sentido da força resultante. Esta aceleração é tanto maior quanto maior for a intensidade da força resultante (velocidade varia).
 

Com este triângulo é bastante fácil de decorar as formulas de calculo.
Por exemplo, se eu quiser calcular a Força Resultante (Fr) de um corpo em movimento e apenas souber a sua massa e aceleração, tenho que tapar com um dos meus dedos Fr e ver qual a expressão que devo usar.
  • Para calcular a Força Resultante: m a
  • Para calcular a massa: Fr/a
  • Para calcular a aceleração: Fr/m



Com a 2ª Lei de Newton, podemos concluir que:
  • A força resultante que atua num corpo tem a mesma direção e sentido que a sua aceleração;
  • A aceleração é tanto maior quanto maior for a intensidade da força resultante;
  • Enquanto a força resultante se mantiver constante, a aceleração também se mantém constante. Este movimento, representado graficamente chamar-se-ia de movimento uniformemente acelerado ou movimento uniformemente retardado;
  • Quanto maior é a massa do corpo menor é a sua aceleração.

6. Caso Particular da 2ª Lei de Newton:

Quando a única força que atua num corpo é o peso, ele cai para a Terra com uma aceleração que se chama aceleração gravítica.
O peso e a aceleração gravítica têm a mesma direção e o mesmo sentido➝ direção vertical e sentido descendente.
O valor da aceleração gravítica depende do local da Terra onde o corpo se encontra.

Até o Garfield sabe perder peso sem levantar um peso:



Tal como vos tinha mostrado anteriormente um triângulo parecido com este para vos facilitar a memória e não ter de estar a decorar aquele monte de expressões, neste triângulo acontece o mesmo, mas neste caso a física decidiu facilitar-nos a vida, pois o valor da aceleração gravítica em Portugal é de 9,8 m/s2 e será com esse valor que iremos trabalhar neste blogue. :)


  • Para calcular o Peso: m g (9,8)
  • Para calcular a massa: P/g (9,8) 
  •  Com estas expressões podes calcular o Peso de um corpo quando conheces a massa e vice-versa.

7. 3ª Lei de Newton - Lei da Ação-Reação


CONCEITO DA 3ª LEI DE NEWTON: Quando dois corpos estão em interação, a ação de um corpo sobre outro corresponde sempre uma reação igual e oposta que o segundo corpo exerce sobre o primeiro.
  
As forças descrevem a interação entre dois corpos, que atuam sempre aos pares.
Quando um corpo exerce uma força sobre outro, o segundo exerce também uma força sobre o primeiro. Qualquer uma das duas forças pode ser chamada ação, sendo a outra designada por reação. O conjunto das duas forças constitui um par ação-reação.
As forças que constituem um par ação-reação podem atuar por contacto ou à distância e são caracterizadas por:
  • terem a mesma direção;
  • terem a mesma intensidade;
  • terem sentidos opostos;
  • serem aplicadas em corpos diferentes (uma em cada corpo). 

 ATENÇÃO: As forças que formam um par ação-reação têm os seus pontos de aplicação em corpos diferentes. É por isso que nunca podes determinar a resultante dessas duas forças.

E porque não há duas sem três, o Garfield também tinha de conhecer a 3ª Lei de Newton:


E para terminar, aqui vai um vídeo (em inglês) que resume e explica muito bem as três leis de Newton.
Espero que vos tenha ajudado a perceber esta matéria das Forças e das Leis de Newton.
Já sabem se tiverem alguma duvida é só comentar. :)

sexta-feira, 14 de março de 2014

MOVIMENTOS

  • MOVIMENTOS 

1. Relatividade do Movimento
Quando estamos parados dizemos que estamos em repouso, no entanto, como fazemos parte do planeta Terra que se move em torno do seu eixo e em volta do Sol podemos dizer que estamos continuamente em movimento em relação ao eixo da Terra e ao Sol.
O estado de repouso e movimento de um corpo depende do referencial em relação ao qual estamos a considerar as suas posições. Designa-se posição de um corpo ao lugar que ocupa relativamente a esse referencial.

Por exemplo, no gráfico acima representado, podemos dizer que:
  • nos intervalos de tempo [0;20]s e [30;50]s, as posições do corpo variam, sendo que o corpo está-se a afastar do referencial - o corpo está em movimento;
  • nos intervalos de tempo [20;30]s e [50;70]s, a posição do corpo é sempre a mesma - o corpo está em repouso;
  • no intervalo de tempo [70;80]s, as posições do corpo variam, sendo que o corpo está-se a aproximar do referencial - o corpo está em movimento.

2. Distância Percorrida e Deslocamento

A distância percorrida corresponde à medida de todo o percurso efetuado sobre a trajetória dependendo da trajetória escolhida. É uma grandeza escalar e pode ser representada por d.

O deslocamento é uma grandeza vetorial, ou seja, corresponde a um vetor que tem:
    • a direção da reta que passa pelas posições inicial e final;
    • o sentido da posição inicial para a final;
    • intensidade ou valor △x igual à distância entre as duas posições, medida em linha reta.
É uma grandeza vetorial e pode ser representada por △x.
Atenção! Quando um corpo se move numa trajetória retilínea e sempre no mesmo sentido, a distância percorrida e o valor do deslocamento são iguais.      d = △x

3. Rapidez e Velocidade

A rapidez média corresponde à distância percorrida, em média, em cada unidade de tempo. É uma grandeza escalar e é representada por rm. Calcula-se dividindo a distância percorrida, d, pelo intervalo de tempo, △t.
Nos veículos motorizados dispõem de velocímetros, que indicam em quilómetros por hora, km/h, a rapidez a que viajamos em cada instante. No SI (Sistema Internacional de Unidades), a rapidez média exprime-se em metros por segundo, m/s.

1 km/h ⇔ 1000 m/3600 s ⇔ 0,28 m/s

A velocidade é uma grandeza vetorial que nos informa sobre a rapidez do movimento em cada instante e ainda nos indica a direção e sentido dos movimentos, sendo representada por v.
É caracterizada por:
    • direção - horizontal ou vertical.
    • sentido - é o movimento (esquerda, direita, cima, baixo).
    • intensidade ou valor - é indicada através do comprimento do vetor velocidade na escala considerada e corresponde à rapidez do movimento em cada instante e posição.
    • ponto de aplicação - posição ocupada pelo corpo no instante considerado.
Podemos concluir que as velocidades, por exemplo, de duas bicicletas são iguais apenas quando têm a mesma direção, o mesmo sentido, e o mesmo valor; são diferentes quando uma destas variedades é diferente.

4. A Velocidade no Movimento Uniforme

Um movimento é uniforme quando o valor da velocidade se mantém constante. Neste movimento a distância percorrida é sempre igual ao valor do deslocamento.

    • A distância percorrida e o tempo variam do mesmo modo:
      • 20 m é a distância percorrida durante 1 s;
      • 40 m é a distância percorrida durante 2 s;
      • 60 m é a distância percorrida durante 3 s;
      • ...
No movimento uniforme, a distância percorrida é diretamente proporcional ao tempo gasto para a percorrer.
Se calcularmos o quociente entre a distância percorrida e o intervalo de tempo gasto para percorrer, verifica-se que é constante, logo, qualquer que seja o intervalo de tempo considerado, ela corresponderá ao valor da velocidade em qualquer instante, ou seja, ao valor da velocidade instantânea. Este valor constante corresponderá à rapidez média.
 Aqui vai um truque para vocês, meus caros seguidores, para poderem calcular velocidades e rapidezes médias sem questões.
Agora podem calcular a velocidade e rapidez média sem problemas, basta colocarem o vosso dedo na variedade que querem calcular e realizem a conta que está indicada com os sinais (multiplicação ou divisão).

Que tal um pequeno exercício para pôr os neurónios a funcionar? A mim parece-me bem.

Um senhor ia a conduzir um carro a 70 km/h e distraiu-se durante 2 segundos. Sabendo que quando um condutor se distrai o veículo que conduz percorre uma certa distância sempre com a velocidade que tinha no início da distração, ou seja, com movimento uniforme retilíneo, calcula a distância o carro percorreu nesse instante. E se for 100 km/h?

Se quiserem saber a resposta, por favor comentem o vosso resultado para o confirmar. Obrigada.

5. A Velocidade no Movimento Uniformemente Variado

Existem dois tipos de movimentos uniformemente variados:
    • movimento uniformemente acelerado - o valor da velocidade aumenta sempre do mesmo modo à medida que o tempo decorre.
A velocidade é representada por um vetor sucessivamente maior.

    • movimento uniformemente retardado - o valor da velocidade diminui do mesmo modo à medida que o tempo decorre.
A velocidade é representada por um vetor sucessivamente menor.

Para poderem calcular, por exemplo a distância percorrida, num gráfico de movimento variado vamos precisar de outro tipo de truque. Mas não se preocupem eu tenho muitos escondidos na manga.

Tal como a área deste triângulo é base x altura / 2, é desta forma que vamos calcular a distância percorrida.
Exemplo: base = 4 s                 altura = 24 m/s
               d = 4 x 24 / 2 ⇔
               ⇔ d = 96 / 2 ⇔
               ⇔ d = 48 m

Agora sabem como calcular a distância percorrida com gráficos de movimentos variados.

E agora? Mais um exercício? Vamos então.

Considera o gráfico da figura abaixo e responde ao exercício que se segue.


Indica em que intervalo de tempo o movimento é:
    • uniforme;
    • acelerado;
    • retardado.
Se quiserem saber a resposta correta, por favor comenta o teu resultado para eu o confirmar. Obrigada.

6. Velocidade e Distância de Segurança

Quando o condutor de um veículo se apercebe de um obstáculo, demora algum tempo a atuar e durante esse tempo o veículo mantém a sua velocidade, ou seja, tem movimento uniforme. Esse tempo designa-se de tempo de reação e a distância percorrida durante esse tempo de reação chama-se distância de reação.
Logo que o condutor reage, trava, pelo que a velocidade do veículo começa a diminuir até parar, e o tempo necessário para o veículo parar chama-se tempo de travagem, onde o veículo percorre com movimento retardado uma distância que se chama distância de travagem. A soma destas duas distâncias (distância de reação e de travagem chama-se distância de segurança.

Distância de Segurança = Distância de Reação + Distância de Travagem
A velocidade do veículo durante todo este tempo varia, como mostra o gráfico abaixo representado.


    • A área do retângulo laranja permite calcular a distância de reação
      • velocidade inicial x tempo de reação 
    • A área do triângulo verde permite calcular a distância de travagem
      • velocidade inicial x tempo de reação / 2
Mais um exercício? Vá lá prometo que é o último. Por enquanto...

Calcula a distância de reação e a distância de travagem do gráfico seguinte:
Nota: apresenta o resultado em km/h


Ah pois é ainda não vos disse como passar de m/s para km/h e vice versa. É bastante fácil:
  • m/s ➝ km/h = multiplicam o valor a converter por 3,6
  • km/h ➝ m/s = dividam o valor a converter por 3,6

Se quiserem saber a resposta, por favor comentem o vosso resultado para eu o confirmar. Obrigada.

7. A Aceleração dos Movimentos

Sempre que um corpo está em movimento, a sua posição altera-se, sendo possível haver velocidade no movimento que se realiza. Nos movimentos em que a velocidade varia também existe aceleração, que corresponde a uma grandeza que nos indica como varia a velocidade à medida que o tempo decorre.

    • Quando a trajetória é retilínea:
      • o movimento é acelerado, o valor da velocidade aumenta e a aceleração mede o aumento do valor da velocidade em cada segundo;
      • o movimento é retardado, o valor da velocidade diminui e a aceleração mede a diminuição do valor da velocidade em cada segundo;
      • o movimento é uniforme, o valor da velocidade é constante e a aceleração é nula - não existe aceleração pois não há variação da velocidade.
Como calcular a aceleracão?

Para calcular o valor da aceleração média de um movimento, têm de dividir a variação da velocidade (velocidade final a subtrair pela velocidade inicial) pelo intervalo de tempo em que esse movimento ocorre.
 

No SI (Sistema Internacional de Unidades) a aceleração é expressa em metros por segundo ao quadrado, m/s2, pois o valor da variação da velocidade exprime-se em metros por segundo, m/s, e o intervalo de tempo em segundos, s.


Tal como a velocidade a aceleração é uma grandeza vetorial. Quando a trajetória é retílinea:
    • se o valor da velocidade aumenta a aceleração média tem a mesma direção e o mesmo sentido que a velocidade;
    • se o valor da velocidade aumenta a aceleração média tem a mesma direção mas sentido contrário ao da velocidade.
No movimento uniformemente acelerado, a velocidade aumenta à medida que o tempo decorre. Assim, o valor da aceleração média, que é positivo, é sempre o mesmo em todos os intervalos de tempo e também igual ao valor da aceleração em qualquer instante.
    • Movimento uniformente acelerado:
      • a aceleração é constante, tendo a mesma direção e sentido da velocidade;
      • o valor da aceleração em qualquer instante é positivo e igual ao da aceleração média.
No movimento uniformemente retardado, a velocidade diminui à medida que o tempo decorre. Por isso, o valor da aceleração média, que é negativo, é sempre o mesmo em todos os intervalos de tempo e também igual ao valor da aceleração em qualquer instante.
    • Movimento uniformente retardado:
      • a aceleração é constante, tendo a mesma direção mas sentido contrário ao da velocidade;
      • o valor da aceleração em qualquer instante é negativo e igual ao da aceleração média.
Um corpo que cai livremente tem movimento retílineo e a sua aceleração é sempre a mesma. Para qualquer corpo que cai, o valor da aceleração é, aproximadamente, 9,8 m/s2 é o valor da aceleração gravítica. Durante uma queda, a velocidade e a aceleração têm sentido descendente. O valor da velocidade é sucessivamente maior. O valor da aceleração é constante.

Um corpo que é "atirado ao ar", tem movimento retílineo retardado até parar quando atinge a altura máxima. A aceleração é a mesma, qualquer que seja o corpo que sobe e o seu valor, que é de 9,8 m/s2. 
Durante a subida, a velocidade tem sentido ascendente mas a aceleração tem sentido descendente. O valor da velocidade é sucessivamente menor. O valor da aceleração é constante.

Estes são dois exemplo de movimento acelerado e retardado, respetivamente.

Espero que tenham aprendido e percebi esta parte da matéria dos movimentos, pois a seguir vou por mais exercícios desta matéria e depois passo para as forças. Adeus e até à próxima.